A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a retirada imediata do mercado de dois lotes falsificados dos medicamentos Mounjaro e Opdivo, utilizados, respectivamente, no tratamento de diabetes tipo 2 e em terapias contra o câncer. A decisão acendeu um alerta nacional sobre o aumento do risco envolvendo a circulação de remédios sem origem comprovada.
O lote 082024 do Mounjaro, supostamente da fabricante Eli Lilly, não foi reconhecido pela empresa, que confirmou jamais ter produzido essa numeração. Já o lote ACS1603 do Opdivo, da Bristol-Myers Squibb, também não possui registro oficial e foi identificado como falsificação. Ambos foram considerados sem qualquer garantia de qualidade, eficácia ou segurança, podendo comprometer seriamente o tratamento de pacientes.
Segundo especialistas em saúde, medicamentos falsificados representam uma ameaça direta à vida, já que podem conter dosagens incorretas, substâncias inativas ou até tóxicas. Além de prejudicar o tratamento, o uso pode agravar doenças e dificultar futuras terapias.
Diante do cenário, a Anvisa determinou a proibição de venda, distribuição, uso e propaganda desses lotes em todo o território nacional. A orientação é para que pacientes e profissionais de saúde verifiquem cuidadosamente rótulos, embalagens e informações de lote e, em caso de suspeita, acionem a vigilância sanitária local ou entrem em contato com os canais de atendimento da agência.
A medida reforça a necessidade de atenção redobrada diante do crescimento da falsificação de medicamentos de alto custo no mercado. A Anvisa destacou que continuará a intensificar ações de fiscalização, em parceria com autoridades de segurança pública, para impedir que produtos irregulares cheguem aos consumidores.
