PolíticaRio de Janeiro

Após virar réu, Bolsonaro nega decreto de golpe de Estado

O ex-presidente Jair Bolsonaro se pronunciou nesta quarta-feira (26) após tornar-se réu por tentativa de golpe de Estado, negando veementemente as acusações de que teria articulado uma minuta golpista com os comandantes das Forças Armadas para suspender as eleições de 2022. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que, em 7 de dezembro de 2022, Bolsonaro reuniu-se no Palácio da Alvorada com os comandantes do Exército, Aeronáutica e Marinha, ocasião em que teria sido apresentada a chamada “minuta do golpe” visando suspender o processo eleitoral.

Em declaração à imprensa, Bolsonaro afirmou que, antes da assinatura de um decreto de Estado de Defesa, conforme previsto no Artigo 136 da Constituição, seria necessário convocar os Conselhos da República e de Defesa, o que, segundo ele, não ocorreu. “Não convoquei os conselhos, nem atos preparatórios houve para isso”, destacou o ex-presidente.

Bolsonaro também reforçou a narrativa de que é alvo de perseguição política e questionou a integridade das urnas eletrônicas, sem apresentar evidências. Além disso, criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, responsável por conduzir parte das investigações relacionadas ao caso.

A defesa de Bolsonaro negou sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, argumentando que não há evidências concretas que sustentem as acusações. O advogado Celso Vilardi afirmou que o ex-presidente sempre atuou dentro dos limites constitucionais e que a denúncia carece de fundamentação sólida.

O STF formou maioria para tornar Bolsonaro réu, sendo esta a primeira vez que um ex-presidente brasileiro enfrenta um processo criminal por tentativa de golpe de Estado. A decisão histórica ressalta a gravidade das acusações e a importância da manutenção do Estado Democrático de Direito no país.

Observadores internacionais também acompanham de perto o desenrolar dos acontecimentos. O jornal The New York Times destacou que o Brasil esteve próximo de retornar a um regime ditatorial, evidenciando a preocupação global com a estabilidade democrática brasileira.

O processo contra Jair Bolsonaro segue em andamento, com desdobramentos que podem redefinir os rumos políticos do país nos próximos anos.

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