Balança comercial registra superávit de US$ 6,1 bilhões em agosto

O Brasil terminou o mês de agosto com um superávit de US$ 6,13 bilhões em sua balança comercial, resultado que reflete uma recuperação dinâmica das exportações com simultânea redução nas importações.

Destaques do mês

• Exportações: chegaram a US$ 29,86 bilhões, registrando alta de 3,9% em relação ao mesmo período de 2024.

• Importações: totalizaram US$ 23,73 bilhões, com queda de 2,0%.

• Corrente de comércio (soma das exportações e importações): atingiu US$ 53,59 bilhões, uma elevação de 1,2% ante agosto do ano passado.

Panorama acumulado no ano até agosto

• Exportações totais: somam US$ 227,6 bilhões, com leve crescimento de 0,5%.

• Importações totais: chegaram a US$ 184,8 bilhões, com alta mais expressiva de 6,9%.

• Saldo positivo acumulado: alcança US$ 42,8 bilhões, embora represente queda de 20,2% em relação ao mesmo período de 2024.

• Corrente de comércio anual: alcançou uma marca recorde de US$ 412,4 bilhões, com avanço de 3,2%.

Contexto dos setores e principais destinos

• Setores com destaque nas exportações:

  • Agropecuária: +8,3%

  • Indústria extrativa: +11,3%

  • Indústria de transformação: leve queda de 0,9%

• Principais destinos com alta:

  • China/Hong Kong/Macau: exportações cresceram quase 30%, atingindo US$ 9,6 bilhões.

  • Argentina: alta de 40,4% nas exportações.

  • México e Índia também registraram incrementos expressivos.

• Exportações aos EUA:

  • -18,5% em relação a agosto de 2024, resultando em intenso déficit de US$ 1,23 bilhão apenas no mês, o maior resultado negativo registrado em 2025.

Significado econômico

A composição desse superávit reflete maior diversificação de destinos para os produtos brasileiros, com destaque para ascensão na demanda por parte de China e Mercosul. Por outro lado, o impacto negativo das tarifas impostas pelos EUA colocou um tom de alerta ao quadro comercial, evidenciando a necessidade de reforçar parcerias estratégicas.

Apesar do salto positivo no mês de agosto, o ritmo mais lento no acumulado anual indica desafios à frente, sobretudo no que se refere à recuperação plena das exportações e ao equilíbrio da balança diante de oscilações externas.

Em resumo