O Brasil atingiu um novo marco histórico na produção agrícola com 350 milhões de toneladas de grãos na safra 2025/2026, superando em 12% o recorde anterior. Os dados, divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (11), confirmam o país como um dos principais celeiros do mundo e reforçam o protagonismo do agronegócio na economia nacional. O resultado exceptional deve-se à conjugação de fatores climáticos favoráveis, avanços tecnológicos e expansão das áreas cultivadas.
Destaques da Produção por Cultura
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Soja: 198 milhões de toneladas (aumento de 15%)
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Milho: 100 milhões de toneladas (crescimento de 8%)
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Arroz: 11,5 milhões de toneladas (estabilidade)
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Feijão: 3,2 milhões de toneladas (alta de 5%)
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Trigo: 14 milhões de toneladas (recorde histórico)
Fatores do Superávit Agrícola
Especialistas atribuem o desempenho excepcional a três elementos principais: condições climáticas quase perfeitas durante todo o ciclo das culturas, ganhos de produtividade através de sementes geneticamente modificadas e agricultura de precisão, além da expansão de 4% na área plantada – especialmente no Matopiba (região que engloba partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). O clima favorável permitiu safras consecutivas (safrinha) com produtividade acima da média.
Impacto na Economia e Exportações
A super safra deve gerar um superávit recorde de US$ 180 bilhões na balança comercial brasileira, com aumento significativo das exportações para China, União Europeia e países do Oriente Médio. O desempenho reforça a segurança alimentar global em um momento de instabilidade em outras regiões produtoras e consolida o Brasil como fornecedor estratégico para o mundo.
Os números confirmam a trajetória ascendente da produção agrícola brasileira, que dobrou seu volume nos últimos 15 anos. A previsão da Conab é que a safra 2026/2027 possa atingir 370 milhões de toneladas, mantendo o país na liderança mundial da segurança alimentar.
