Medida busca corrigir desbalanceamento entre inscrições femininas e classificação para provas discursivas
O Concurso Público Nacional Unificado (CNU) reservou, para a sua segunda fase, mínimo de 50% das vagas destinadas a candidatas do sexo feminino. A medida vale para as chamadas tanto na ampla concorrência quanto nas cotas, incluindo cargos de nível médio e superior.
O mecanismo prevê que, caso a classificação natural da primeira fase (objetiva) deixe as mulheres abaixo dessa proporção, serão convocadas mais candidatas até atingir a paridade, sem prejudicar a chamada de homens classificados com nota mínima.
Razões para a mudança
Na edição anterior, apesar de as mulheres representarem mais de 56% das inscrições, sua participação na segunda etapa caiu para cerca de 39%, com versões ainda mais baixas em blocos como tecnologia. A disparidade levantou preocupações sobre a representatividade feminina em áreas estratégicas da administração pública.
A medida reafirma o compromisso com a inclusão de gênero, mas não caracteriza reserva de vagas — trata-se de ação afirmativa para equilibrar oportunidades.
Regras e cronograma
O CNU 2025 terá inscrições de 2 a 20 de julho, com taxa de R$ 70 e isenção para desempregados, beneficiários do CadÚnico, doadores de medula ou alunos do ProUni e FIES. A seleção reunirá 3.652 vagas em nove blocos temáticos, contemplando ensino médio e superior.
As primeiras provas objetivas acontecem em 5 de outubro. A segunda fase discursiva está agendada para 7 de dezembro, com convocação de até nove vezes o número de vagas disponíveis para essa etapa.
Ações afirmativas adicionais
Além da paridade de gênero, o edital também aplica cotas raciais, para pessoas com deficiência, indígenas e quilombolas. Estão reservados 25% dos postos para negros, 3% para indígenas, 2% para quilombolas e 5% para pessoas com deficiência.
Interessados poderão concorrer a múltiplos blocos em uma única inscrição, com edital uniforme e regras padronizadas para todas as carreiras.
