O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (11) cotado a R$ 5,35, o menor valor desde junho de 2024, marcando uma forte desvalorização da moeda americana frente ao real. A queda de 1,8% apenas no dia de hoje reflete o cenário de confiança dos investidores estrangeiros na economia brasileira e consolida uma tendência de baixa que já dura oito semanas consecutivas.
Fatores da Queda Sustentada
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Entrada maciça de capitais: US$ 18 bi em investimentos estrangeiros diretos em 2025
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Juros básicos em queda: Selic a 8,5% ao ano, menor taxa desde 2020
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Controle inflacionário: IPCA acumulado em 12 meses abaixo de 4%
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Solidez fiscal: Superávit primário de 1,2% do PIB no primeiro semestre
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Commodities em alta: Preços recordes das exportações brasileiras
Impactos na Economia Real
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Importações mais baratas: redução de custos para indústria e consumidores
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Inflação controlada: pressão menor sobre preços de produtos importados
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Viagens internacionais: passagens aéreas e hospedagem mais acessíveis
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Dívida externa: alívio no serviço da dívida em dólar
Perspectivas para o Final de 2025
Analistas de grandes bancos projetam:
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Itaú Unibanco: dólar a R$ 5,20 até dezembro
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Bradesco: patamar entre R$ 5,15 e R$ 5,30
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Santander: possível teste de R$ 5,10 se reformas avançarem
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Banco do Brasil: cenário positivo com commodities firmes
Cenário Internacional Comparado
Enquanto o real se valoriza, outras moedas emergentes enfrentam pressão:
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Peso argentino: desvalorização de 35% em 2025
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Lira turca: queda de 28% no ano
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Rand sul-africano: estabilidade com leve alta
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Peso mexicano: valorização de 5% frente ao dólar
A forte valorização do real coloca o Brasil em posição privilegiada entre os mercados emergentes e reflecte a confiança internacional nas políticas econômicas do governo. Os especialistas alertam, porém, que a moeda não deve ficar abaixo de R$ 5,20 devido aos fundamentos econômicos globais.
