O ex-presidente Fernando Collor de Mello, de 75 anos, foi preso na madrugada desta sexta-feira (25) em Maceió (AL), após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar o cumprimento imediato de sua pena de oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A prisão ocorreu por volta das 4h da manhã no aeroporto da capital alagoana, enquanto Collor se preparava para embarcar rumo a Brasília, onde pretendia se apresentar voluntariamente às autoridades.
A condenação, proferida em maio de 2023, está relacionada a um esquema de propinas no valor de R$ 20 milhões, pagos pela empresa UTC Engenharia entre 2010 e 2014. Em troca, Collor teria utilizado sua influência política para facilitar contratos entre a empresa e a BR Distribuidora, então subsidiária da Petrobras. Os valores foram posteriormente lavados para ocultar sua origem ilícita.
Após a condenação, a defesa de Collor apresentou recursos que foram considerados protelatórios pelo ministro Alexandre de Moraes, levando à determinação da prisão imediata.
A prisão de Collor marca um momento simbólico na política brasileira, sendo ele o terceiro ex-presidente a ser detido desde a redemocratização, após Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer. Sua detenção reforça o compromisso das instituições em combater a corrupção e garantir a integridade dos recursos públicos.
Collor cumprirá sua pena em regime fechado em uma ala especial de uma prisão em Maceió, conforme autorizado pelo STF.
A defesa do ex-presidente afirmou ter recebido a decisão com “surpresa e preocupação”, mas garantiu que Collor se apresentaria para cumprir a determinação judicial.
O caso segue em destaque no cenário político nacional, evidenciando a importância da transparência e da responsabilidade na gestão pública.
