A Polícia Civil de Ribeirão Preto concluiu nesta semana a exumação do corpo de uma mulher que morreu há mais de um ano, irmã de um médico investigado pela morte da própria esposa. O caso, que tem gerado grande repercussão na cidade e em todo o estado, pode ganhar novos contornos a partir das análises forenses que serão realizadas no Instituto Médico Legal (IML).
A exumação foi solicitada como parte das diligências do inquérito que apura a morte da esposa do médico, ocorrida no final de 2023. A vítima, de 39 anos, morreu após um suposto quadro de intoxicação. Desde então, a hipótese de envenenamento tem sido considerada pelos investigadores, especialmente após exames iniciais apontarem substâncias suspeitas em seu organismo.
A irmã do médico, cujo corpo foi exumado agora, também faleceu de forma repentina e em circunstâncias até então consideradas naturais. No entanto, após a reabertura das investigações, a Polícia Civil passou a trabalhar com a possibilidade de que as duas mortes estejam relacionadas.
O médico investigado nega qualquer envolvimento nas mortes e se diz vítima de uma campanha difamatória. No entanto, os delegados responsáveis pelo caso afirmam que novos elementos surgiram a partir de depoimentos de testemunhas e da análise de mensagens trocadas entre os envolvidos, motivando o aprofundamento da apuração.
Os materiais retirados durante a exumação serão encaminhados para exames toxicológicos detalhados. A expectativa é de que os laudos fiquem prontos nas próximas semanas e possam oferecer respostas sobre a real causa da morte da irmã do médico.
A investigação segue em sigilo, mas fontes ligadas ao caso apontam que a polícia também estuda o histórico de prescrições médicas feitas pelo suspeito, além de movimentações financeiras atípicas.
O caso vem sendo acompanhado de perto por grupos de defesa dos direitos das mulheres e da saúde, que pedem rigor e transparência na apuração. A família das vítimas não se pronunciou até o momento.
Caso seja confirmada a hipótese de envenenamento intencional, o médico poderá responder por homicídio doloso qualificado, com agravantes que podem incluir motivo torpe e uso de veneno.
As autoridades seguem trabalhando para esclarecer os fatos e garantir justiça para as vítimas e suas famílias.
