O Festival do Rio, que acontece de 2 a 12 de outubro, alcançou um marco histórico nesta sua 27ª edição. Pela primeira vez, a mostra Première Brasil — dedicada aos filmes nacionais — recebeu 320 inscrições de longa-metragem, um recorde absoluto. Destas, 124 produções foram selecionadas, tornando esta a maior edição em termos de participação de obras brasileiras.
Um reflexo de renovação e pluralidade
O aumento expressivo no número de inscrições reflete o momento de renovação do cinema brasileiro, que volta a ganhar fôlego e reconhecimento internacional. Para a organização do festival, o crescimento não se resume a números: é também a confirmação da pluralidade de narrativas e da capacidade de artistas e produtores nacionais em transformar realidades em obras que dialogam com diferentes públicos.
Destaques da seleção
Entre os longas de ficção que estarão em cartaz estão “A Vida de Cada Um” (Murilo Salles), “Cyclone” (Flavia Castro), “Ato Noturno” (Marcio Reolon e Filipe Matzembacher), “Coração das Trevas” (Rogério Nunes), “Quase Deserto” (José Eduardo Belmonte) e “Virtuosas” (Cíntia Domit Bittar).
Na categoria documentário, destacam-se estreias como “Apolo” (Tainá Müller e Isis Broken), “Cheiro de Diesel” (Natasha Neri e Gizele Martins), “Honestino” (Aurélio Michiles), “Massa Funkeira” (Ana Rieper) e “Meu Coração Neste Pedacinho Aqui – Dona Onete” (Mini Kerti).
Além disso, o festival exibirá sessões especiais de produções brasileiras que já ganharam espaço em grandes eventos internacionais, como “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, e “Para Vigo Me Voy”, de Karen Harley e Lírio Ferreira, reforçando a relevância do cinema nacional no cenário global.
Em síntese
| Indicador | Valor |
|---|---|
| Inscrições de filmes brasileiros | 320 longas-metragens inscritos |
| Obras selecionadas | 124 títulos na mostra competitiva |
| Destaque | Maior edição da Première Brasil até hoje |
O recorde de inscrições e a diversidade de temas presentes nesta edição confirmam o vigor do cinema brasileiro, que se mostra cada vez mais plural, criativo e conectado às questões sociais, culturais e políticas do país. O Festival do Rio se consolida, assim, como um espaço de celebração, visibilidade e fortalecimento da indústria audiovisual nacional.
