Presidente da Câmara afirma que manifestações são legítimas, mas devem respeitar regimento e democracia
Linha do tempo dos eventos
| Data | Acontecimento |
|---|---|
| Desde 5 de agosto | Parlamentares de oposição ocupam a Mesa Diretora da Câmara, em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e para exigir votação de projetos como a anistia e o impeachment de ministro do STF. |
| 6 de agosto, 20h30 | Sessão plenária está convocada, mas impossibilitada de começar devido à obstrução no plenário. |
| 6 de agosto, 22h24–22h30 | Hugo Motta finalmente consegue assumir a presidência da sessão, que teve início somente nesse horário avançado. |
Discurso de Hugo Motta ao iniciar a sessão
O presidente da Câmara iniciou a sessão ressaltando que o respeito à Mesa Diretora é “inegociável” e que o funcionamento da Casa depende da obediência ao regimento interno e à Constituição — sob pena de enfraquecer a própria democracia institucional.
“Não vamos permitir que atos como esses sejam maiores que o Plenário e a vontade desta Casa”, declarou. Reforçou que interesses pessoais, eleitorais ou individuais não podem se sobrepor às decisões que atendem ao bem coletivo.
Ao defender o diálogo como ferramenta essencial, Motta afirmou que as manifestações da oposição são legítimas, desde que dentro dos limites regimentais. Ele afirmou que seguirá presidindo com serenidade, diálogo e firmeza, sem abrir mão do respeito ao direito de fala dos deputados e ao livre exercício do mandato.
Contexto e consequências
-
A obstrução foi uma estratégia da oposição para pressionar a tramitação de pautas políticas sensíveis, incluindo a anistia geral e o impeachment de um ministro do STF.
-
A reação da Presidência foi a retomada firme dos trabalhos legislativos, com prioridade a uma pauta “pró-País” e à preservação do Parlamento enquanto espaço de convergência e democracia.
-
A tensão entre obstrução e governabilidade destaca a dificuldade do Congresso de conciliar confrontos rápidos com a necessidade de funcionamento institucional contínuo.
