Internacional

Manifestações Pró-Palestina Reúnem Milhares em Capitais Mundiais

Ato em Londres teve maior participação com 250 mil pessoas; protestos pedem cessar-fogo em Gaza e condenam ação militar israelense

Milhares de manifestantes saíram às ruas em diversas capitais mundiais neste sábado (4) em protestos coordenados a favor do povo palestino e pela imediata interrupção dos conflitos em Gaza. A maior concentração ocorreu em Londres, onde 250 mil pessoas marcharam desde a Praça Parliament até a Embaixada Israelense, no maior ato do gênero desde o início da escalada militar na região.

Em Paris, aproximadamente 80 mil manifestantes desfilaram sob forte esquema de segurança, carregando bandeiras palestinas e cartazes com os dizeres “Pare o Massacre em Gaza“. A polícia francesa registrou 12 detenções por confrontos isolados com grupos contra-manifestantes, mas a maioria dos protestos transcorreu de forma pacífica.

Nas cidades alemãs, as manifestações reuniram 180 mil pessoas no total, com destaque para Berlim (60 mil), Frankfurt (45 mil) e Hamburgo (35 mil). As autoridades alemãs implementaram protocolos especiais de segurança devido às tensões comunitárias recentes, com a proibição de certas consignas consideradas antissemitas.

Nos Estados Unidos, as mobilizações atingiram 120 cidades, sendo as maiores em Nova York (70 mil) e Los Angeles (45 mil). O movimento “Jewish Voice for Peace” (Voz Judaica pela Paz) teve participação expressiva, com membros da comunidade judaica estadunidense se unindo aos protestos carregando faixas com a mensagem “Judeus Contra a Ocupação“.

Na América Latina, as capitais registraram adesão significativa: Cidade do México (50 mil), Buenos Aires (30 mil) e Santiago (25 mil). No Brasil, atos em São Paulo (20 mil), Rio de Janeiro (15 mil) e Brasília (8 mil) repetiram os apelos por intervenção diplomática mais efetiva do governo brasileiro.

Os organizadores do movimento “Coalizão Global pela Palestina” afirmaram que as manifestações representam um “recado claro aos governos ocidentais” sobre a insatisfação popular com o apoio à ofensiva israelense. A data foi escolhida para marcar os sete meses do início da operação militar em Gaza.

resposta diplomática começou a surgir durante o dia, com o governo francês se dizendo “atento às manifestações democráticas” e reafirmando seu “compromisso com uma solução de dois Estados“. Já o Foreign Office britânico emitiu nota reconhecendo o “direito à protesto pacífico” mas reafirmando o “direito de Israel à autodefesa“.

Analistas políticos avaliam que a dimensão global dos protestos pode influenciar as posições governamentais nas próximas votações sobre o conflito na ONU, especialmente com a Assembleia Geral extraordinária marcada para a próxima quinta-feira (9).

As manifestações ocorreram de forma majoritariamente pacífica, com incidentes isolados registrados apenas em Madri e Bruxelas, onde pequenos grupos tentaram invadir embaixadas e foram contidos pela polícia local. O próximo dia global de protestos já está marcado para 2 de novembro.

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