Ribeirão Preto

Médico acusado de matar esposa apresentou amante à mãe um mês após o crime, aponta MP

Luiz Antonio Garnica e Elizabete Arrabaça são réus por feminicídio triplamente qualificado; promotoria destaca frieza e motivação patrimonial


O médico Luiz Antonio Garnica, acusado de envenenar e matar a esposa Larissa Rodrigues em março deste ano, apresentou a amante à própria mãe menos de um mês após o crime, segundo denúncia do Ministério Público. A mãe, Elizabete Arrabaça, também é ré no caso e teria participado ativamente da execução do plano.

As investigações apontam que Garnica mantinha um relacionamento extraconjugal e estava obcecado por viver com a amante. Larissa, professora de pilates, descobriu a traição dias antes de sua morte e comunicou ao marido que pretendia iniciar o processo de separação. A mensagem foi enviada na véspera do crime.

A Promotoria sustenta que Garnica, com apoio da mãe, decidiu eliminar Larissa para evitar a partilha de bens. O plano teria sido executado com uso de doses graduais de chumbinho, introduzidas em alimentos e medicamentos. A dose fatal teria sido aplicada por Elizabete, durante visita ao apartamento do casal, na noite de 21 de março.


Comportamento após o crime

Conforme a denúncia, logo após a morte de Larissa, Garnica demonstrou comportamento que reforça a tese de premeditação. Ele acessou as contas bancárias da esposa e iniciou procedimentos para quitar o financiamento do apartamento com o seguro habitacional vinculado ao nome da vítima.

O histórico de buscas na internet incluiu temas como seguro por falecimento, rescisão contratual e avaliação do veículo da esposa. O médico também utilizou o cartão da vítima para pagar uma conta de farmácia no valor de R$ 2,5 mil, quatro dias após o falecimento.

O MP destaca que, em questão de dias, Garnica levou a amante para o apartamento onde morava com Larissa. Em menos de um mês, organizou um almoço em que a apresentou formalmente à mãe, apontada como cúmplice no assassinato.


Detalhes da investigação

A polícia identificou que Garnica pagava uma mesada de R$ 1.800 à amante. A situação financeira do médico era considerada crítica, com dívidas e risco de inadimplência no financiamento do imóvel. A partilha dos bens em caso de divórcio era vista, segundo os autos, como um fator agravante em sua decisão.

O MP também revelou buscas feitas por Garnica sobre compatibilidade amorosa entre signos, especificamente “leão e aquário”, correspondentes a ele e à amante, realizadas dias antes da morte da esposa.


Decisão judicial e andamento processual

A Justiça aceitou a denúncia contra Luiz Antonio Garnica e Elizabete Arrabaça por feminicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou defesa. Garnica também responde por fraude processual, por suspeita de ter alterado a cena do crime.

Ambos estão presos preventivamente desde o início de maio. A Justiça autorizou a quebra dos sigilos bancários da vítima e dos acusados. O processo tramita na 2ª Vara do Júri e das Execuções Criminais de Ribeirão Preto.

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