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ONU Mulheres completa 15 anos e aponta desigualdade de gênero como desafio persistente

Agência destaca necessidade de mais mulheres em cargos decisórios e efeitos devastadores da guerra sobre meninas e mulheres


A ONU Mulheres celebrou 15 anos de atuação reafirmando que a igualdade de gênero continua sendo uma meta distante. O órgão reconhece avanços em educação e participação política, mas ressalta que nenhum país alcançou paridade plena.

A agência alerta para a representatividade ainda reduzida: as mulheres ocupam cerca de 17% das cadeiras no Congresso brasileiro — um em cada seis legisladores — e estão ausentes em muitos espaços de decisão ao redor do mundo.

Além disso, cerca de 600 milhões de mulheres e meninas vivem em zonas de conflito, número que cresceu 50% na última década. A vulnerabilidade aumenta o risco de mortalidade materna, com seis em cada dez óbitos relacionados à gravidez ocorrendo em áreas afetadas por guerra.


Prioridades urgentes para a próxima década

A ONU Mulheres reforça que alcançar a igualdade exige transformação estrutural. Entre as principais recomendações estão:

  • Elevação da presença feminina para 50% nos espaços de decisão política e empresarial;

  • Ampliação de financiamento direcionado a políticas de gênero;

  • Apoio a mulheres em zonas de conflito, garantindo acesso à saúde e proteção;

  • Inclusão digital para combater a desigualdade tecnológica e frear a violência online.


Metas internacionais em foco

A Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW), vigente no Brasil desde 1984, tem servido como referência para ampliar a participação política feminina. Entretanto, a meta de 50% de representação ainda segue distante.

A ONU também reforça importância da Agenda 2030, especialmente o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5, que abrange desde direito reprodutivo até igualdade salarial e combate à violência.


Contexto global delicado

A agência diz que os direitos das mulheres sofrem retrocessos em muitos países. O cenário global e regional é marcado por aumento da violência sexual em zonas de guerra, restrição de liberdades civis e queda de investimento em políticas sociais voltadas a meninas e mulheres.

A proposta da ONU Mulheres, segundo a representante no Brasil, é adotar políticas permanentes que não sejam desfeitas com mudanças de governo. A meta é transformar conquistas pontuais em estrutura sólida de igualdade.

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