m uma operação histórica de combate à violência doméstica, as polícias civis de todos os estados brasileiros, em coordenação com o Ministério da Justiça, prenderam 12.406 pessoas durante a Operação Shamar, realizada nesta quarta-feira (10). A megaoperação – que significa “proteger” em hebraico – cumpriu 18,6 mil mandados de prisão e preventivos, além de 56 mil medidas protetivas em todo o território nacional.
Dimensão e Estratégia da Operação
A ação mobilizou 35 mil policiais simultaneamente e focou em casos de agressores reincidentes e com medidas protetivas descumpridas. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, coordenou pessoalmente o centro de comando em Brasília, com atualizações em tempo real de todas as unidades da federação. Os números superam todas as expectativas iniciais e representam a maior operação já realizada no país contra a violência de gênero.
Perfil dos Agressores e Vítimas
Dados preliminares indicam que 68% dos presos eram réus reincidentes em violência doméstica, enquanto 32% respondiam por descumprimento de medidas protetivas. Entre as vítimas, 89% são mulheres, 7% crianças e adolescentes e 4% idosos. Os registros mostram casos que varriam desde ameaças e agressões psicológicas até violência física grave e tentativas de feminicídio.
Infraestrutura e Continuidade
Para accommodar o grande número de detidos, presídios de todo o país destinaram alas específicas. O Ministério da Justiça anunciou a criação de um programa permanente de combate à violência doméstica, com previsão de novas operações trimestrais e a implantação de varas especializadas em todos os estados até o final de 2026.
A Operação Shamar marca um novo patamar no enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil e demonstra a prioridade do governo federal na proteção de vítimas e na responsabilização de agressores. Os números históricos revelam a magnitude de um problema que, agora, passa a receber uma resposta à altura de sua gravidade.
