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Polícia conclui que mãe envenenou a própria filha por herança e investiga irmãos por acobertamento

Delegado afirma que Elizabete Arrabaça matou a veterinária Nathália Garnica por questões financeiras; outros dois filhos da suspeita são investigados por fraude processual

A Polícia Civil chegou à conclusão de que a veterinária Nathália Garnica, de 42 anos, foi morta pela própria mãe, Elizabete Arrabaça, com veneno, em um crime motivado por questões financeiras. O caso, ocorrido em fevereiro deste ano em Pontal (SP), entrou na reta final das investigações e levanta suspeitas também sobre os dois irmãos da vítima, apontados por envolvimento na tentativa de ocultar o crime.

A motivação principal, segundo a polícia, estaria relacionada a desentendimentos familiares em torno do desejo de Nathália em constituir família, o que implicaria em eventual divisão de herança. A mãe da vítima era contrária à ideia e teria reagido de forma extrema.

No dia da morte, Elizabete teria demonstrado comportamento suspeito, ligando insistentemente para a filha para confirmar o horário de sua chegada em casa. A vítima faleceu em seguida, após ingerir o alimento supostamente contaminado com chumbinho — mesma substância que, segundo as autoridades, foi usada para matar a nora de Elizabete, a professora Larissa Rodrigues, no mês seguinte.

Durante as investigações, testemunhas próximas relataram que Nathália fazia planos com o marido, pretendia ter filhos e retomar a convivência do casal. Tais intenções confrontavam interesses patrimoniais da mãe, o que, segundo os investigadores, fortalece a linha de motivação financeira.

A polícia também apura a participação de Luiz Antonio Garnica e Viviane Garnica, irmãos de Nathália, que teriam ido ao local da morte antes mesmo da chegada do Samu. Os dois são investigados por possível fraude processual e alteração da cena do crime.

Além disso, exames periciais estão sendo realizados em aparelhos celulares dos envolvidos e também nos restos mortais da cadela de Nathália, que morreu semanas antes da tutora. Os investigadores suspeitam que Elizabete possa ter feito um teste com o veneno no animal.

O corpo de Nathália foi exumado em maio e, semanas depois, exames toxicológicos confirmaram a presença de chumbinho, corroborando a tese de homicídio. Até então, a morte havia sido registrada como natural.

A mãe da vítima já está presa preventivamente, assim como Luiz Garnica, também acusado de participar do envenenamento da própria esposa, Larissa Rodrigues. Ambos respondem por feminicídio, com agravantes como motivo torpe, uso de veneno e impossibilidade de defesa da vítima.

A polícia trabalha agora nos últimos detalhes do inquérito, incluindo a análise do material pericial, para concluir a investigação e encaminhar o caso à Justiça.

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