A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (16) a operação “Guardião Legal”, resultando no fechamento de 1.047 empresas clandestinas de segurança privada em todo o território nacional. A ação, considerada a maior já realizada no setor, cumpriu 128 mandados judiciais em 12 estados e preveu prejuízos superiores a R$ 2,3 bilhões aos cofres públicos por sonegação fiscal e trabalho informal.
Distribuição das Empresas Irregulares por Região
Região Sudeste: 427 empresas (SP: 218, RJ: 119, MG: 67, ES: 23)
Região Nordeste: 283 empresas (BA: 89, PE: 67, CE: 58, MA: 39, outros: 30)
Região Sul: 156 empresas (PR: 72, RS: 54, SC: 30)
Região Centro-Oeste: 112 empresas (DF: 48, GO: 37, MT: 19, MS: 8)
Região Norte: 69 empresas (PA: 28, AM: 21, RO: 12, outros: 8)
Modalidades de Irregularidades Identificadas
Operação sem registro: 517 empresas atuavam sem autorização da Polícia Federal
Documentação falsa: 283 empresas com certificados de segurança falsificados
Equipamentos irregulares: 147 empresas com armamentos não registrados
Pessoal não habilitado: 1.228 vigilantes sem formação adequada
Sonegação fiscal: evasão de contribuições previdenciárias e tributárias
Ações Estratégicas da Operação
A PF realizou:
Interceptações telefônicas: 487 linhas monitoradas judicialmente
Acompanhamento financeiro: análise de 3.847 contas bancárias
Inspeções surpresa: 238 operações em empresas de segurança
Apreensões: 1.847 armas de fogo e 28.938 munições
Blitzes: 147 pontos de verificação em vias públicas
Impacto no Mercado de Segurança
As empresas regulares do setor comemoraram a ação:
Crescimento esperado: 12% no mercado legalizado
Geração de empregos: estimativa de 7.200 novas vagas formais
Equalização concorrencial: fim da vantagem ilegal de empresas clandestinas
Segurança jurídica: fortalecimento das empresas compliant
Próximas Etapas e Investigação
Os investigados responderão por:
Formação de organização criminosa (art. 288 do CP)
Exercício ilegal da atividade de segurança privada (Lei 7.102/83)
Falsificação de documentos públicos e particulares
Sonegação fiscal (Lei 8.137/90)
Porte ilegal de arma de fogo (Lei 10.826/03)
A operação contou com a colaboração do Ministério do Trabalho, Receita Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As investigações seguem em andamento para identificar os beneficiários finais das organizações criminosas.
