Durante coletiva de imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre as recentes denúncias de fraudes no INSS, envolvendo descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas. Segundo ele, o governo atual não estipulará prazos para a devolução dos valores até que uma investigação minuciosa seja concluída.
Lula destacou que é necessário identificar exatamente quem foi prejudicado e qual o tamanho do rombo:
“Devolver ou não vai depender de você constatar a quantidade de pessoas enganadas. A quantidade de pessoas que tiveram o seu nome numa lista sem que elas tivessem assinado. Porque aqueles que assinaram já autorizaram.”
O presidente também responsabilizou a gestão passada, dizendo que a estrutura do esquema foi montada a partir de 2019, e afirmou que o governo atual está empenhado em desmontar o que chamou de “quadrilha”.
“Nós desmontamos uma quadrilha que foi criada em 2019. E vocês sabem quem governava o Brasil em 2019.”
Ele ainda afirmou que todas as instituições envolvidas estão sendo investigadas e que só após essa etapa será possível saber quem terá que devolver valores aos aposentados.
“Nós vamos a fundo para saber quem é quem nesse jogo. E se tinha alguém do governo passado envolvido nisso.”
O presidente garantiu que os aposentados e pensionistas não serão responsabilizados pelos prejuízos. Ele também diferenciou entidades sérias de instituições que foram criadas com o único propósito de praticar fraudes.
“Tem entidades sérias no meio que certamente não cometeram nenhum crime, e tem entidades que foram criadas para cometer crime.”
As investigações em andamento já apontam prejuízos bilionários, provocados por descontos não autorizados de mensalidades de associações e serviços nos benefícios do INSS. A operação federal que apura os casos resultou no afastamento de servidores e no bloqueio de novos convênios.
O governo federal pretende garantir que os valores sejam ressarcidos aos beneficiários lesados e que os responsáveis, tanto instituições quanto pessoas físicas, respondam judicialmente pelos atos cometidos. A orientação do presidente é clara: proteger o cidadão e limpar as estruturas públicas de interesses ilegítimos.
