A Rússia executou, na noite de terça-feira (2), um ataque massivo contra a Ucrânia, utilizando 502 drones e 24 mísseis de cruzeiro. A ofensiva atingiu diversas regiões do país, principalmente no oeste e centro, e foi marcada por impactos em infraestrutura civil crítica e perdas humanas.
Resultados e danos causados
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Defesas ucranianas neutralizaram grande parte do ataque, abatendo cerca de 451 drones e 21 mísseis. Ainda assim, 69 drones e 3 mísseis atingiram alvos em 14 localidades, gerando destruição significativa em áreas residenciais, centros de transporte e instalações energéticas.
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Consequência direta dos bombardeios, 30 mil pessoas ficaram sem energia elétrica na região de Chernihiv.
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Além dos prejuízos materiais, houve relatos de vários feridos, incluindo trabalhadores ferroviários, e interrupções prolongadas em serviços públicos essenciais.
Repercussões e contexto internacional
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, condenou o ataque, classificando-o como uma demonstração de impunidade por parte de Vladimir Putin e apelando por uma resposta global mais incisiva contra a economia de guerra russa—as redes de sanções e apoios internacionais foram colocadas em cena como possíveis soluções coletivas.
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Durante o ataque, aeronaves da NATO chegaram a ser mobilizadas na Polônia, próxima fronteira, em sinal de alerta à escalada militar russa.
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A ofensiva surge em um contexto de intensificação do conflito, com violações recorrentes à negociação de paz e crescente pressão sobre a Ucrânia para manter sua defesa contra ações cada vez mais diretas e destrutivas.
Panorama amplo
Este ataque representa um novo patamar na escalada militar entre Rússia e Ucrânia. Trata-se não apenas de um ataque militar, mas de uma ação estratégica visando pressionar Kiev antes do inverno rigoroso — que pode agravar ainda mais a crise humanitária. Ao mesmo tempo, reforça o papel da comunidade internacional e das alianças ocidentais como contrapeso institucional no cenário geopolítico.
