Política

Senador Flávio Bolsonaro Ataca Alexandre de Moraes Após Voto que Condenou seu Pai no STF

Em discurso no Senado, parlamentar classificou o ministro do Supremo como 'ditador' e 'justiceiro'; declarações acirram tensão entre os Poderes

Em resposta ao voto do ministro Alexandre de Moraes que confirmou a inelegibilidade de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou a tribuna do Senado nesta quinta-feira (11) para lançar um violento ataque contra o magistrado. Em discurso inflamado, o parlamentar classificou Moraes como “ditador encapuzado” e “justiceiro que usa a toga para perseguição política”, acirrando ainda mais a tensão institucional entre os Poderes.

O Conteúdo do Discurso Inflamado
Durante fala de 25 minutos, o senador afirmou que o ministro “age como um chefe de milícia no Judiciário” e que seu voto “não tem base legal, mas ódio ideológico”. Flávio Bolsonaro leu uma lista de what he called “atos arbitrários” de Moraes, incluindo decisões sobre bloqueio de redes sociais, prisões preventivas e andamento de inquéritos. “Este não é um ministro, é um carrasco da democracia”, bradou o senador, gerando reações imediatas na plateia e entre outros parlamentares.

Reações Imediatas no Plenário
O discurso dividiu o Senado: enquanto parlamentares da oposição aplaudiram de pé e gritaram palavras de ordem, base governista reagiu com vaias e acusações de desrespeito ao Judiciário. A presidente do Senado, Soraya Thronicke, pediu repetidas vezes “moderação nos termos”, mas não cortou o microfone do senador. Líderes de partidos de esquerda anunciaram que entrarão com representação no Conselho de Ética contra Flávio Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar.

Contexto do Ataque e Repercussão Jurídica
O ataque ocorre poucas horas após Alexandre de Moraes ter sido o primeiro a votar pela inelegibilidade do ex-presidente no julgamento do STF, seguido pelos ministros Dino e Fux. Especialistas jurídicos avaliam que as declarações do senador podem configurar crimes de desacato e injúria contra magistrado, além de violação do decoro parlamentar. O Ministério Público Federal já anunciou que analisará o caso.

O episódio aprofunda a crise institucional entre o Legislativo e o Judiciário e coloca em xeque a capacidade de diálogo entre os Poderes. Enquanto isso, o julgamento que decide o futuro político de Jair Bolsonaro continua no STF, com previsão de término ainda nesta quinta-feira.

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