Ribeirão Preto

Voepass entra com novo pedido de recuperação judicial e aponta LATAM como principal responsável pela crise

A companhia aérea regional Voepass protocolou nesta terça-feira (22) um pedido de recuperação judicial, alegando dificuldades financeiras agravadas por ações da Latam, sua parceira em acordos de compartilhamento de voos (codeshare). A empresa, sediada em Ribeirão Preto (SP), enfrenta um passivo estimado em R$ 215 milhões e busca reestruturar suas operações para evitar a falência.

No documento apresentado à Justiça, a Voepass afirma que a Latam exerceu controle excessivo sobre a gestão da companhia e deixou de cumprir obrigações financeiras previstas no contrato de codeshare. A situação teria se deteriorado após o acidente com o voo 2283, em agosto de 2024, que resultou na morte de 62 pessoas. Após o incidente, a Latam teria suspendido operações conjuntas e retido pagamentos, impactando diretamente o fluxo de caixa da Voepass.

A parceria entre as duas empresas, firmada em 2014, previa que a Latam utilizaria slots e compraria capacidade em aeronaves da Voepass. Em junho de 2024, novos acordos foram estabelecidos, incluindo a transferência de slots no aeroporto de Congonhas para a Latam. A Voepass alega que, após o acidente, a Latam suspendeu atividades de aeronaves e reteve pagamentos relacionados aos custos fixos de manutenção.

A Voepass já havia solicitado uma tutela preparatória em fevereiro deste ano, buscando proteção judicial contra credores por 60 dias. A medida visava evitar a reintegração de aeronaves e permitir a negociação de dívidas. No entanto, a situação financeira continuou a se agravar, levando ao pedido formal de recuperação judicial.

A Latam, por sua vez, afirma ser credora da Voepass e contesta as alegações de inadimplência. A disputa entre as empresas está atualmente em processo de arbitragem.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) suspendeu as operações da Voepass em março de 2025, citando preocupações com a segurança operacional da companhia. A Voepass busca retomar suas atividades e garantir a continuidade dos serviços prestados, enquanto enfrenta o desafio de reestruturar suas finanças e restaurar a confiança do mercado.

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